No verão, como era tradição, regressávamos às Taliscas. Vindos de um casamento, no carro, entre risos e conversas descontraídas, começámos a pensar como seria o nosso próprio casamento. Percebemos que sonhávamos com uma cerimónia numa igreja que transmitisse tradição, beleza e espiritualidade e, por curiosidade, uma vez que havia uma quinta em Braga que a Guida adorava, fomos pesquisando igrejas de lá.

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Chegados às Taliscas, entre as memórias dos nossos primeiros encontros, a Guida foi à quermesse comprar duas rifas.
O primeiro prémio, entre mil, que lhe calhou foi… um jogador de futebol. A gargalhada veio pela coincidência, como se fosse um reflexo do Miguel. O segundo, um prato com a imagem de Nossa Senhora do Sameiro. Não parecia acaso...

Naquele momento não sabíamos explicar, mas sentimos que havia ali algo especial. Um sinal, talvez. Naquele dia e naquele lugar, duas peças que, de forma tão simbólica, uniam quem somos e o caminho que estávamos a construir.

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Movidos por esse momento, decidimos visitar o Santuário do Sameiro e foi aí que o “talvez” se transformou em certeza. O lugar conquistou-nos pela beleza, imponência e serenidade que se sente. Não era apenas uma igreja, parecia um espaço que já nos esperava, pronto para receber uma parte essencial da nossa história.

E assim percebemos que não fomos nós que escolhemos o Sameiro: foi o Sameiro que nos escolheu a nós